"Acidente deixa três mortos


na Washington Luiz no


interior de SP "


Duas das vítimas fatais tinham 17 anos. Motorista que teria provocado colisão se negou a fazer teste do bafômetro.


( G1 / 26/09/10 )





(clique na imagem para ampliá-la)

E mais uma vez uma notícia de acidente de carro é mostrada nos veículos de comunicação. Mais uma vez um acidente onde, possivelmente, o motorista responsável por tal, estava em má condições (supostamente tinha consumido álcool e outras substâncias), visto que tinha acabado de sair de uma rave, e recusou-se a fazer o teste do bafômetro.
E falando no bafômetro, aonde estão aquelas blitz constantes de alguns tempos atrás? E onde fica a lei que fala da obrigatoriedade do teste?

"É (lei) sim... Entretanto, há princípio, entendimento na doutrina, que uma pessoa não é obrigada a produzir prova contra si mesma. Portanto, relativiza-se a aplicação dessa norma. Mas que ela é fato, é sim." Confirma a estudante de direito Queila Veloso. "A lei, apesar de ser obrigatória, precisa ter aceitação social. Hoje seria impossível, por exemplo, instituir (de novo) o adultério como crime, porque a visão social já mudou a esse respeito. Por isso a lei não seria cumprida. Ela só existiria no papel. No caso do bafômetro, a aceitação social é repartida."

Quem iria fazer uma prova contra si mesmo? Se há a possibilidade de escapar de uma situação como essa, sem que haja provas concretas que o motivo do acidente foi a irresponsabilidade do motorista, qualquer um ia optar por esse caminho. Quando então se iria punir as pessoas que burlam a lei de que dirigir e beber é ilícito? A lei foi feita e deixada de mão, já que não existe conscientização maior sobre a importância dela, se isso acontecesse veríamos nas manchetes dos jornais coisas bem diferentes.

"...a lei é boa e foi feita pra ser cumprida. Mas até que ponto existe possibilidade de aplicá-la no caso concreto já é outra história.
É função do Estado impôr limite. Mas o que acho que é muito além.
Não é só uma atividade legislativa, e sim interdisciplinar. Não basta criar lei, é preciso educar a sociedade para que esta seja receptiva à norma.
É função do Estado legislar. O problema é que ele acha que só criar leis basta, e se limita a isso. Tipo um tapa buraco, sabe?! Que no fim das contas não resolve nada, não atinge o problema em seu cerne."

O que precisa ser lembrado constantemente é que a sociedade precisa se unir à favor de certas medidas, quando estas visam melhorar a situação atual. E precisam se mostrar conscientes quanto à irresponsabilidades deste tipo.
Não é só uma frase que todos dizem para se fazerem de "Bons moços", mas é algo que é vital.
Vidas estão sendo perdidas, e na maioria dos casos são de pessoas que nem tem muito a ver com a história do outro. Famílias estão sendo destruídas, e nós faremos o quê?
Esperaremos até que o nosso casulo seja atingido para agir?
É bom fazermos o quanto antes a nossa parte, para que não sejamos os próximos a serem "atendidos".

Nenhum comentário:

Postar um comentário